segunda-feira, 19 de abril de 2010

Modernismo - Semana da Arte Moderna


Fonte: pitoresco.com.br

O Modernismo brasileiro foi um movimento cultural diretamente ligado à produção artística brasileira na primeira metade do século XX.

O início do movimento se deu por volta de 1920 e foi um reflexo das tendências européias às vésperas da Primeira Guerra Mundial, embora com uma roupagem mais "abrasileirada".


Por mais que o movimento tenha se iniciado em 1922, nossas abordagens se concentrarão entre 1930 e 1945 e passaremos de forma breve por alguns acontecimentos anteriores ao período que sustentará nossas postagens, como po exemplo a Semana da Arte Moderna, evento ocorrido antes de 1930, mas de grande importância cultural para o país até os dias de hoje.

O Modernismo é dividido em três fases, sendo que a que mais nos interessa é a chamada de Segunda Geração.

→ Primeira fase: Foi a fase mais irreverente, marcada por manifestos e publicação de revistas. Os artistas dessa fase tinham grande originalidade e buscavam incrustar em seus trabalhos tons (não apenas no sentido de cor) que referenciasse o "moderno". Forte tendência de criar polêmicas. Momento de grande nacionalismo, volta às origens, valorização indígena e de outros produtos tipicamente brasileiros. Na política, havia simpatia com a extrema direita e postura de caráter anárquico. Foi nesse período a fundação do Partido Comunista no Rio de Janeiro e do Partido Democrático, a qual teve em Mário de Andrade um de seus fundadores. Os principais nomes da Literatura dessa época foram Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Oswald de Andrade. Publicações:
Foi a primeira revista modernista. Klaxon era o nome da buzina externa dos carros. Foi uma publicação completamente inovadora, desde o conteúdo a sua composição gráfica.

Fonte: wikimedia.org


Manifesto da Poesia Pau-Brasil
Criado po Oswald de Andrade que propõe uma descoberta ou redescoberta do Brasil. Foi muito importante para o país, principalmente para os mineiros, já que Drummond era um de seus colaboradores.


Fonte: ichs.ufop.br


→Segunda fase:
Fase mais calma que deu origem a grandes poetas e romancistas, teve grande produção poética. Essa fase localiza o homem no mundo e prega pelo construtivismo. Na Literatura a novidade foram a liberdade de criação, a expressão inventiva e o antiacademicismo. Seus maiores nomes foram Vinícius de Moraes, Jorge de Lima, Augusto Frederico Schmidt, Murilo Mendes, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Cyro do Anjos, Érico Veríssimo, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Rachel de Queiróz, José Lins do Rego. Nessa fase também a prosa ganha destaque e aparecem preocupações com a economia, a política e o lado espiritual do homem. Grande força regionalista onde os autores iam de encontro com seu público, como "A Bagaceira", de José Américo de Almeida que foi o primeiro romance nordestino.

Fonte: mercadolivre.com.br


→Terceira fase: Fase também chamada de Pós-Modernismo por alguns autores que não simpatizavam com a 1ª fase, que foi ridicularizada com o apelido de neoparnasianismo. Essa fase talvez tenha sido a que mais tenha sofrido com a situação política e econômica pela qual o Brasil passava na época. Vargas, Populismo, Ditadura, são alguns do assuntos que borilavam nessa época. A Literatura teve produções mais intimistas e introspectivas como as produções de Clarice Linspetor, por exemplo. O regionalismo ganha ainda mais força com Guimarães Rosa, que cria a psicologia do sertanejo, caminho estilístico que apelidou os autores dessa fase de instrumentalistas por causa da pesquisa que faziam do seu ojeto de inspiração. Negavam as ironias e as sátiras, consideradas de modernistas. Em contrapartida, buscavam uma poesia com modelo Parnasiano e Simbolista. Nessa época surge João Cabral de Melo Neto. Uma grande publicação da época foi a revista "Orféu", publicada em 1947. Autores da época foram Ariano Suassuna, Clarice Linspector, Ferreira Gular, Guimarães Rosa, Nelson Rodrigues.


Fonte: carlosscliar.com.br







Referências

HELENA, Lucia. Modernismo brasileiro e vanguarda. Série Princípios. São Paulo: Ática, 1986

Postado por Nelio Souto


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